A escolha de reduzir ao extremo as horas de repouso levanta dúvidas quanto aos riscos envolvidos. A primeira-ministra do Japão disse que dorme só três horas por dia. Saiba se isso é benéfico ou traz problemas à saúde.
Dormir apenas três horas por dia é uma prática que chama atenção, sobretudo quando adotada por figuras públicas de destaque, como a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi. Este comportamento gera debates e questionamentos sobre os reais impactos desse padrão de sono na saúde, no desempenho mental e nas relações cotidianas. O tema continua relevante em 2025, pois grande parte da população adulta busca alternativas para aumentar a produtividade na rotina, muitas vezes sacrificando o tempo de descanso.
A escolha de reduzir ao extremo as horas de repouso levanta dúvidas quanto aos riscos envolvidos. Embora algumas lideranças mundiais relatem rotinas semelhantes, especialistas alertam que a privação do sono já é apontada como um fator de risco para diversas questões de saúde. É importante compreender as consequências físicas e mentais que esse modelo pode acarretar, especialmente quando se trata do bem-estar ao longo dos anos.
O que acontece com o corpo ao dormir apenas três horas?
O sono é essencial para a manutenção de funções básicas do corpo humano, como a consolidação da memória, o reparo muscular e a regulação do sistema imunológico. Ao limitar o repouso a três horas diárias, o organismo dificilmente consegue completar os ciclos necessários ao pleno funcionamento. Entre os efeitos mais frequentes observados estão o aumento do cansaço, irritabilidade e diminuição da concentração.
Segundo pesquisas recentes, a privação crônica de sono pode prejudicar a produção de hormônios importantes, afetando o equilíbrio emocional e elevando a propensão a doenças cardíacas e metabólicas, como diabetes e obesidade. Além disso, há indícios de que a memória também sofra impactos negativos, dificultando a aprendizagem e a tomada de decisão.
Nos primeiros dias, o corpo pode até se adaptar parcialmente à nova rotina, mas, com o passar do tempo, os prejuízos tendem a se acumular, afetando inclusive a imunidade. Sintomas físicos como dores de cabeça, visão turva e maior tendência a acidentes tornam-se situações corriqueiras para quem mantém por períodos prolongados um padrão de sono reduzido.
Dormir pouco realmente aumenta a produtividade?
Muitos buscam inspiração em líderes que afirmam dormir poucas horas, associando essa prática a um aumento da produtividade. No entanto, estudos científicos demonstram o contrário: a privação de sono reduz o rendimento cognitivo, compromete a capacidade de resolução de problemas e pode levar ao esgotamento físico e mental. O cérebro necessita de períodos regulares de repouso para reprocessar informações e consolidar lembranças.
Em ambientes de trabalho exigentes, erros simples podem acontecer com mais frequência quando o repouso é insuficiente. Mesmo que haja sensação inicial de produtividade, o acúmulo de fadiga contribui para quedas no desempenho a médio e longo prazo. Especialistas apontam que uma rotina de poucas horas de sono pode gerar um efeito contrário ao esperado, prejudicando tanto a produtividade quanto a criatividade de quem adota esse padrão. Conteúdo Terra – Valdomiro Neto* *com uso de Inteligência Artificial / Giro 10
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