
Flávio Dino de Castro e Costa, teve sua trajetória política marcada desde a juventude pela militância em movimentos estudantis e de esquerda. Durante sua formação em Direito na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), participou ativamente de mobilizações políticas, organizando protestos e defendendo pautas alinhadas ao campo progressista. Sua atuação o levou a integrar a União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade historicamente ligada à defesa de governos e ideias socialistas no Brasil.
Após se formar em 1991, Dino ingressou na magistratura como juiz federal em 1994, cargo que ocupou até 2006, quando decidiu entrar para a política. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), elegeu-se deputado federal pelo Maranhão, onde defendeu pautas alinhadas ao governo petista e buscou consolidar sua influência na esquerda nacional. Tentou se eleger prefeito de São Luís em 2008 e governador do Maranhão em 2010, mas foi derrotado. Em 2014, venceu a disputa pelo governo estadual, consolidando o PCdoB no poder local e encerrando a hegemonia política do grupo de José Sarney. Durante seus dois mandatos, priorizou políticas assistencialistas e fortaleceu sua aliança com partidos de esquerda.
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Dino sempre se posicionou como forte opositor da direita e do governo Bolsonaro. Em 2021, migrou do PCdoB para o PSB, partido alinhado à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2022, foi eleito senador pelo Maranhão, mas antes de assumir o mandato, foi escolhido por Lula para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. À frente da pasta, adotou uma postura combativa contra setores conservadores, focando no combate ao que classificava como movimentos extremistas e reforçando o controle do governo federal sobre a segurança pública.
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Em novembro de 2023, Lula o indicou para o Supremo Tribunal Federal (STF), ampliando a influência da esquerda na mais alta corte do país. Sua nomeação, criticada por setores da oposição, consolidou sua posição como uma das figuras mais influentes do campo progressista e fortaleceu a presença de ex-integrantes do governo petista dentro do Judiciário.