
A demência, condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, tem como principal característica o declínio progressivo das funções cognitivas, interferindo diretamente na memória, no raciocínio e na autonomia. Apesar dos fatores genéticos que influenciam o risco, estudos mostram que hábitos de vida saudáveis podem desempenhar um papel crucial na prevenção ou no retardo do aparecimento dessa condição.
Alimentação balanceada: O combustível para o cérebro
Uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis, é apontada como essencial para manter o cérebro com bom funcionamento. O padrão alimentar mediterrâneo, que inclui azeite de oliva, peixes e nozes, tem sido associado a uma menor incidência de demência. “Os alimentos ricos em antioxidantes ajudam a combater os radicais livres que podem causar danos às células cerebrais”, explica a nutricionista Carolina Freitas.
Exercício físico regular: Benefícios além do corpo
Manter-se ativo fisicamente não apenas fortalece o corpo, mas também estimula o cérebro. Atividades como caminhada, natação e dança melhoram a circulação sanguínea e promovem a liberação de bactérias que protegem os neurônios. Estudos indicam que pessoas que praticam exercícios regularmente têm um risco significativamente menor de desenvolver Alzheimer.
Sono de qualidade: O reparador do cérebro
Dormir bem é fundamental para a saúde mental e cognitiva. Durante o sono, o cérebro elimina toxinas acumuladas ao longo do dia, incluindo aquelas associadas ao Alzheimer. Especialistas recomendam de 7 a 9 horas de sono por noite para adultos, enfatizando a importância de um ambiente escuro e tranquilo.
Leia Mais
Estímulos cognitivos: Mantenha a mente ativa
Desafiar o cérebro regularmente com atividades que estimulam o aprendizado pode ajudar a criar "reservas cognitivas", que retardam o declínio mental. Ler, aprender um novo idioma, resolver quebra-cabeças ou até mesmo praticar jogos de tabuleiro são formas de manter o cérebro em movimento.
Socialização: Conexões para o cérebro
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A interação social tem um impacto positivo na saúde mental. Pessoas que mantêm uma vida social ativa tendem a apresentar taxas de demência mais baixas. Conversar, compartilhar ideias e estar em contato com amigos e familiares ajuda a reduzir o isolamento, que é um fator de risco para problemas cognitivos, afirmam os geriatras.
Controle de condições crônicas: Um passo adicional
Condições como hipertensão, diabetes e obesidade são fatores de risco para a demência. Controlar essas doenças por meio de medicação, mudanças na dieta e atividade física é essencial para proteger o cérebro.
Evitar hábitos noturnos
Fumar e consumir álcool em excesso são comportamentos associados a um maior risco de demência. Abandonar o cigarro e adotar um consumo moderado de bebidas preparadas são passos importantes para preservar a função cerebral.
Um caminho preventivo
Embora a ciência ainda não tenha encontrado uma cura para a demência, adotar um estilo de vida saudável pode fazer a diferença. Especialistas enfatizam que pequenos ajustes nos hábitos diários, quando somados ao longo da vida, podem contribuir significativamente para um envelhecimento mais saudável.
“Prevenir a demência é um esforço contínuo que começa agora. Não é só sobre viver mais, mas viver melhor”, conclui o neurologista Ricardo Alves.
(Imagem: Gabriel Sérvio/Criada por DALL-E/Olhar Digital)